TI – Teste de índole

CLASSES TRABALHO
Teste de Índole (TI)

O QUE É TI (TESTE DE ÍNDOLE)?

O TI – Teste de Índole foi homologado pela CBRR (Conselho Brasileiro da Raça Rottweiler), em sua Resolução nº 283 como objetivo de mapear e avaliar o temperamento e impulsos básicos dos cães apresentados no teste. Por ser de âmbito nacional, é um formato simples que não necessita de treinamento prévio, mas mostre claramente aspectos importantes do temperamento dos cães como segurança, sociabilidade, nervos e impulsos entre outros.

O cão precisa ter no mínimo 15 meses de idade, o teste é dividido em 02 partes, onde a primeira etapa avalia o comportamento típico da raça Rottweiler e a segunda etapa é dentro do conceito de avaliação da mordida e dos impulsos do cão de maneira que no futuro garanta a Utilidade do Rottweiler como cão de Serviço, Esporte e Cão de Família.

 

COMO É REALIZADO O TI?

O Juíz reune inicialmente todos os condutores com seus cães dentro do local de prova e esclarece o significado do TI (Teste de índole) e do PPA (Permitido para Acasalar) como instrumento para a Reprodução e para a Preservação e Fortalecimento da Utilidade do Rottweiler.

1º Parte – Comportamental:

  • A) Sensibilidade a barulho, segurança e sociabilidade; o condutor, com o cão em guia frouxa, seguirá em direção determinada pelo juiz. Após cerca de 15 passos, dois disparos calibre 6mm serão realizados, com intervalo mínimo de 5 segundos. Em caso de dúvida do juíz, ele poderá realizar novos disparos.No retorno da caminhada, condutor e cão encontrarão um grupo de 6 a 8 pessoas, formadas em círculo, que estarão se movendo e conversando com naturalidade, e não darão atenção ao cão. A dupla entrará no grupo, sairá e voltará, contornando uma das pessoas e parará no meio do circulo. Durante esse exercício um membro do grupo sacudirá um galão plástico com pedras dentro produzindo o ruído característico. Após pequeno intervalo, outra pessoa deverá abrir um guarda chuva em direção ao horizonte e apoiá-lo no ombro. Durante a conversa o condutor também participará, respondendo a alguma pergunta. O grupo fecha lentamente em volta do cão por alguns segundos e torna abrir. Em seguida, repete o movimento de forma mais rápida. O cão poderá permanecer de pé ou sentado, a guia deverá permanecer frouxa.

Citar:

Outros comportamentos serão avaliados, porém, medo, insegurança ou agressividade serão considerado indesejáveis.
  • B) Autoconfiança: Sob indicação do juiz, o condutor prenderá seu cão a uma guia previamente amarrada a um poste ou árvore, e se afastará até estar fora de visão do cão, que ficará sozinho. Duas ou mais pessoas estranhas ao cão se aproximarão, caminhando em passo normal, conversando, sem dar atenção ao cão e passarão a cerca de 5 metros deste. Quando estiverem em frente ao cão, uma delas deixará um objeto cair no chão, se abaixará de costas para o cão e o recolherá, saindo em passo normal.

Citar:

Novamente, todos os comportamentos serão avaliados, porém medo, insegurança ou agressividade serão considerados indesejáveis.

2º Parte – Impulsos:

O Juíz de trabalho deverá fazer a avaliação dos cães, mas poderá solicitar o trabalho de um auxiliar (figurante). Ele deverá trabalhar estritamente de acordo com as orientações do juíz de trabalho.

Citar:

“A avaliação do juíz de trabalho é final. Não há a possibilidade de contestá-la”
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Nessa fase, o árbitro ou figurante, a organização deverá fornecer se necessário: guia longa (mínimo de 4m), própria para o trabalho de proteção, salsichão (entre 5 e 10cm de espessura por cerca de 50 a 80cm de comprimento, com uma alça em cada extremo) – material apropriado para o trabalho e em bom estado, luva (nova, ou em bom estado e em ordem), bastão acolchoado, coleira de couro bem resistente ou peitoral.

A guia longa será amarrada num poste cerca de 2m de comprimento, o árbitro deverá supervisionar esse processo. O cão deverá estar preso a essa guia e poderá também estar sendo seguro por outra guia pelo condutor que estará ao lado dele (incentivando o cão, conforme orientação do árbitro).

Esse trabalho visa analisar os instintos naturais do cão e não o que foi treinado. Dessa forma, o figurante (árbitro ou auxiliar) deverá proceder como num início de treino, tentando evocar os impulsos presentes no cão. Se o cão reage bem e logo quer morder, ele poderá já utilizar a luva. Para cães que reagem bem, o figurante logo deve dar a mordida e através do jogo de varas (bastão acolchoado) ou com uma ameaça da própria mão e pressão corporal, deverá analisar a reação do cão enquanto morde – se a mordida é forte, estável e cheia; se o cão luta; se o cão sente (pista os olhos, esquiva, perde mordida ou a deteriora, se rosnar).

Conforme a boa reação do cão, numa segunda mordida, o figurante deverá entrar com pressão do bastão e do corpo antes da mordida e pode aumentar a pressão após o cão ter mordido (além das ameaças, poderá até “agradar” o cão com o bastão, porém jamais golpeá-lo). Somente cães que se mostram fortes, estáveis e crescem durante a fase de pressão é que podem receber o conceito IAR Acentuado.
O figurante deverá proceder somente conforme o cão lhe ofereça o comportamento. Cão que logo demonstra sinais de sensibilidade, a pressão deverá vir leve (trabalhando com salsicha – e não com a luva) e somente conforme a boa reação, mas o objetivo principal passa a ser o de conseguir a mordida e verificar se ele a sustenta. Nesse caso, o juíz avalia se é possível receber o conceito IAR Existente.
O objetivo é detalhar na descrição da súmula o mais exatamente possível a forma como se comporta o cão durante esse trabalho.
Para a aprovação do cão, o juíz deverá analisar todo o conjunto da realização do PPA – desde o comportamento do cão durante as medições e durante todo o desenvolvimento do TI (teste de índole). Cães que se mostram sensíveis, porém conseguem se recuperar, ainda poderão ser aprovados, porém cães que se mostram medrosos, cães que não mordem nem mesmo a salsicha, apesar do grande auxílio do figurante, estes não terão qualquer chance de aprovação (exceção feita durante a fase experimental). Os clubes que já estavam realizando seus TIs anteriormente ás normas do CBRR, manterão a reprovação dos cães conforme já faziam anteriormente.

Fontes:

Manual do Teste de índole – CBRR
Allgemeiner Deutsher Rottweiler Klub e.V (ADRK)
Adaptações, Raphael Paulo – CANIL GOTTLAND

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